Foi uma Páscoa (tirando algumas excepções ) igual ás anteriores.
Este ano como geralmente acontece fiquei por cá !
Por mim ia para a aldeia de Ormeche (Montalegre) e certeza absoluta passaria um fim de semana mais Pascal!
Não querendo ser egoísta, este ano fiz a vontade à minha Alzira.
Mas custa-me um bocado "aturar" este estilo ou (como hei-de dizer) esta maneira de como agora se percorre a freguesia em 2/3 horas a visitar as casas das pessoas que decidam abrir a porta, "apontando" o crucifixo á boca das pessoas para beijar o SENHOR e rapidamente se põem a monte , porque o que interessa é chegar cedo a casa para o almoço da Páscoa e de tarde ir dar uma
É tanta a falta de respeito,tanta falta de postura, tanta falta de brio que mete dó!
Já (dizem) lá vai o tempo em que o sr Padre, mais os seu colaboradores, principalmente homens exemplares, de respeito percorriam a mesma freguesia onde no geral todas as casas abriam a porta para serem benzidas e abençoadas pela presença do SENHOR.
Agora tudo isto é feito de uma tal falta de preparação, uma falta de respeito, que eu, se não fosse pela vontade da minha mulher , sogra e restante família não abria a porta, como já fazem uma grande parte das pessoas!.
No tempo em que todas as casas abriam as suas portas, e os homens em geral com uma certa idade, andavam todo o dia para cumprirem a visita Pascal, claro que tinham um tempo de descanso e de almoço. e de tarde lá iam noutra jornada acabar a visita Pascal à restante população da freguesia.
Eram no geral 8/10 pessoas que todos os anos faziam esse sacrifício onde não havia ninguém que fechasse a porta ao verem no grupo pessoa que não lhe agradasse ou que não se relacionasse ou que não conhecia. Todas eram credíveis e exemplares na freguesia começando pelo pároco.
Mas agora não... Nesta terra e outras que tais, nestes últimos anos incumbiram 4 (quatro) "juízes da cruz ?" logo, à partida 4 grupos de pessoas entre 8/10 que no total fazem 40/50 . Começam ás 9h / 9,30 despacham isto muito rápido para que ao meio dia esteja tudo pronto!.. pois todos em seguida querem é correr para as suas casas para o repasto.
Quero eu dizer quando havia muitas casa e muita gente, andavam todo o dia e só um grupo,.. agora nem metade da gente e só de manhã e com 4 grupos!
Depois (não sei quem) injectam pessoas (algumas) de sacrifício e fé muito duvidosa (basta ver as acções que essas pessoas praticam durante o ano).
Chegam a casa das pessoas aos repelões, outros nem entram ....com medo?o menino ou menina vêm tão distraídos que se esquecem de tocar a tradicional campainha, o "Juiz" (que eu não conheci) e (penso que ele também não conhecia ninguém da casa), carrega a cruz na mão como quem leva uma saca plástica só se compondo quando chega perto da entrada da casa, depois de se esperar alguns momentos por todo grupo, a (o) jovem que deve dizer umas palavras de boa fé aos presentes, diz aquilo com uma rapidez tal que ninguém percebe patabina, "apontando" de seguida o crucifixo às pessoas e não tendo necessidade de o limpar, pois que agora já não há contágio nem higiene, já que somos todos saudáveis. O senhor que vem recolher o envelope diz mesmo que o que lhe interessa é aquilo e por isso até logo, passem bem!
Santo Deus !.. que falta de fé, e de respeito!
Agora (digo eu...) porque não, (uns dias antes) dar uma formação adequada a todas as pessoas que vão integrar o dito Compasso?
E depois digam que estas tradições estão a acabar....que não há gente...
que não abrem as portas....etc . claro que não há paxorra, para aturar isto.
Assim penso, que o melhor é ir até Montalegre, porque aí sim... nessas aldeias ainda se vive o espírito Pascal!
Depois digam que eu não avisei!...
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