terça-feira, 22 de janeiro de 2008

UM PORTO DE PEDINTES




Hoje, Domingo, levantei-me mais cedo para meu gosto.

Combinei com a minha senhora que este Domingo, lhe pagava o almoço onde ela quisesse. Escolheu no Porto e eu aceitei, pois eu também gosto de vez em quando de dar um passeio (para recordar outros tempos)pelo Porto,e o melhor dia para fazer isso nas calmas, sem stress,e sem pressas, é ao Domingo. Por acaso o dia pôs-se de feição, estava lindo; O céu quase limpo, o Sol a mais de meio gás, frio pouco se notava, mas contudo para não arrepender-nos lá levamos um agasalho, que perto do rio Douro devia de estar mais frio. Nós quando dizemos que vamos dar uma volta, é mesmo a sério,...é tudo programado ao pormenor; dez horas da manhã, toca a sair de casa, e na nossa carrinha OPEL CORSA, lá seguimos para a Estação de Metro (Modivas Sul)renovamos o "Andante" e toca a marchar até á estação da Trindade. Depois nas calmas andamos a ver umas montras, que nesta ocasião estão com os SALDOS ali pela rua Fernandes Tomáz, Sá da Bandeira, Praça D. João, seguimos para Sta Catarina, Praça da Batalha, descemos Cimo de Vila e subimos em direcção á Sé. Como ando sempre com máquina fotográfica,aproveitei e tirei umas fotos. Descemos Mouzinho da Silveira em direcção à Ribeira que por este andar já era quaze meio-dia, mas ainda demos uma estirada até á ponte D. Luis e viemos outra vez até á Praça da Ribeira onde aí optamos por um restaurante daqueles típicos; calhou ser o CHÊZ LAPIN (CASA COELHO) em português. Aí saboreamos uma entrada de salada de natas com atum, e cenoura mais umas azeitonas com pão torrado, muito bom!. Poucos minutos depois, serviram-nos um bacalhau com broa e batata a murro que pelo aspecto estava fenomenal.

Regadinho com azeite puro virgem e um maduro branco meio fresco, e lá devoramos aquele manjar, sempre com a devida simpatia da Família Almeida (gerência ) a perguntar se estava tudo bem se não faltava nada. Acabado o repasto pedimos uma sobremesa à família Almeida o que nos aconselhou uma muze de maracujá e para mim uma de manga, que por acaso até gostamos, por fim um cafezinho e para não fugir á regra pedimos e pagamos a conta, mas ficamos com vontade de lá voltar. Com estas e com outras já eram quase 14 horas,quando nos despedimos do restaurante. Toca a dar corda aos calcantes, outra vez para o centro da cidade.Passamos pela Avenida dos Aliados (que para mim já não é a sala de visitas do Porto), Sampaio Bruno e fomos ao Sá da Bandeira comprar os bilhetes para a revista que está em cena "É ISTO E POUCA TRETA"que começa ás 4 horas da tarde, por isso ainda era cedo e então fomos fazer horas a andar mais um bocado. Atravessamos a Avenida , e aparece-nos o primeiro pedinte, seguimos para a Praça Filipa de Lencastre,estava-nos a sentar num banco , quando nos aparece o segundo pedinte (uma mulher), que dizia que a sua mãe estava com cancro, e que tinha que fazer uma operação, por isso é que precisava de dinheiro, mas ela a falar mal se percebia o que dizia, para mim estava era com uma "moca" do caraças. Sentamo-nos e comentamos aquela situação da moça. Pouco depois fomos pela rua do Almada em direcção ao Largo dos Loios, e aí outro pedinte, este (um homem) tinha um braço meio engessado e dizia que esta noite tinha sido assaltado e agredido, por isso precisava de cinco euros (não fazia por menos),para transporte para casa. Bem, fomos em direcção ao Sá da Bandeira e já no local vem um jovem deficiente de uma mão que queria comer, então era euros que queria ,não alimento.

Chegou a hora da Revista e lá fomos , gostamos e rimo-nos a valer, valeu a pena a guita que gastamos. Fomos para o Metro pois que já eram quase 7 horas da tarde, e não apareceu mais pedinte. Foi um Domingo para mais tarde recordar. A minha senhora já estava cansada de andar, e até eu,pois que dar estas voltas e com a nossa idade, já não é fácil, mas como é por gosto!....


Há...já me esquecia,..isto foi tudo porque a minha senhora fez anos na passada sexta - feira, e eu prometi-lhe pagar o almoço.

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